3 Modelos de liderança que não funcionam mais

Em tempos de metaverso, mundo b.a.n.i., economia 4.0; continuar tratando o funcionário por meio de uma ordem é um conceito ultrapassado de gestão que não cabe mais no mundo corporativo. Agir de maneira autocrática, mandona, fria e fechada faz parte de um perfil de chefe muito obsoleto e ultrapassado.

Você que empreende, que precisa contratar colaboradores à medida em que expande seu negócio, precisa ficar atento aos modelos de gestão de pessoas que já não funcionam. A transformação digital trás também a transformação humana. Um líder precisa inspirar seus liderados

Para Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano e autora do best-seller “O poder da simplicidade do mundo ágil”, é preciso direcionar o foco ao gerenciamento de pessoas para que uma organização mantenha sua base sólida. Na sua avaliação, o principal ativo de qualquer corporação pode ser, sem dúvida, o capital humano.

Diante da atual realidade da gestão de pessoas, Susanne aponta três erros do passado que não fazem mais parte da liderança do presente e muito menos do futuro.

1 – Gestão por Conflito

Esse tipo de gestão cria um ambiente de trabalho tenso, promove um clima de competitividade destrutiva entre as pessoas e faz aflorar o lado ruim do ser humano que, para subir na carreira, não pensa duas vezes em prejudicar o colega de trabalho. Em décadas passadas, esse estilo de gerência ainda trazia resultados, porém, a um alto custo, por tempo curto. As novas gerações não aceitam mais esse tipo de liderança.

“Com o tempo, as pessoas começaram a adoecer, tanto física quanto emocionalmente. Os profissionais não aguentam esse ritmo e acabam elevando os níveis de estresse e gerando quadros de depressão e ansiedade”, pondera Susanne.

 “Quando se tem uma gestão que possibilita um ambiente colaborativo, tudo flui melhor, aumentando o nível de satisfação de todas as partes envolvidas no processo”, aponta. “As pessoas passam a ser mais humildes e pedem ajuda, gerando maior sinergia entre elas, ao interagirem em busca do mesmo propósito: trabalhar com qualidade rumo aos resultados”, destaca Susanne ao falar sobre como a mudança de postura do líder pode afetar o desempenho da equipe.

2 – Gestão por ‘Comando x Controle’

Ainda existem muitos gestores que se utilizam de uma postura agressiva tipo ‘eu mando e você obedece’, relações em que o líder se coloca como ‘dono da verdade’ perante seus subordinados, pela hierarquia de cargos, até usando de coação e ameaças. Tudo isso pode suscitar atitudes inconvenientes como, por exemplo, desqualificar um colega diante de toda uma equipe, comportamentos caracterizados como assédio moral.

Susanne ressalta que “o líder deve ser mais servidor e humanizado, se comunicar de forma não violenta e respeitar as pessoas”.

O gestor que pretende mudar de comportamento deve se valer de outras estratégias, como por meio de perguntas do tipo ‘o que você faria se estivesse em meu lugar?’ ou ‘como podemos conquistar e encantar este cliente?’. Ou ainda, no caso de um erro ‘como podemos ajustar esse projeto e aprendermos com os erros?’. Questões como essas fazem o colaborador se sentir valorizado e, assim, ele se motiva e se engaja mais.

3 – Atribuir ao colaborador um serviço que não faça sentido a ele

Passar horas trabalhando de forma automática, como se fosse uma máquina, é algo absolutamente primitivo que já não cabe ao ser humano na Era Digital, assim como destinar a um profissional uma função sem sentido para ele, reproduzindo algo mecanicamente, como opera um robô, acaba virando um fardo.

Para preservar a saúde mental no ambiente de trabalho, é preciso interiorizar o motivo pelo qual se faz algo. Isso tem a ver com “propósito”, que engaja e gera motivação. De acordo com Susanne, há diversas ferramentas que ajudam uma pessoa a entender os mobilizadores de sua carreira

Susanne ainda reforça que o maior erro consiste nas pessoas esquecerem que são humanas no mundo corporativo, pois passaram a se relacionar ‘de crachá para crachá’. “É preciso liderar de ser humano para ser humano, este é o grande diferencial no novo mundo do trabalho, completa a especialista.